Feliz Natal em Várias Línguas
Como dizer Feliz Natal em Vários Idiomas
Albanês – Gezur Krislinjden
Alemão – Frohe Weihnacht
Armênio – Shenoraavor Nor Dari yev Pari Gaghand
Bretão – Nedeleg laouen
Catalão – Bon Nadal
Coreano – Chuk Sung Tan
Croato – Cestit Božic
Espanhol – Feliz Navidad
Esperanto – Gajan Kristnaskon
Finlandês – Hyvää joulua
Francês – Joyeux Noël
Grego – Kala Christougena
Magyar – Kellemes Karácsonyt
Inglês – Merry Christmas
Italiano – Buon Natale
Japonês – Merii Kurisumasu (modificação de merry xmas)
Mandarim – Kung His Hsin Nien
Norueguês – GOD JUL
Occitan – Buon Nadal
Polaco – Wesolych Swiat Bozego Narodzenia
Português – Feliz Natal
Romeno – Sarbatori Fericite
Russo – S prazdnikom Rozdestva Hristova
Tcheco – Klidné prožití Vánoc
Sueco – God Jul
Ucraniano – Srozhdestvom Kristovym
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
“O mais leve movimento de uma alma animada de puro amor é mais proveitoso à Igreja do que todas as demais obras reunidas.”
“O afeto e o apego da alma à criatura torna-a semelhante a esta mesma criatura. Quanto maior a afeição, maior a identidade e semelhança, porque é próprio do amor tornar aquele que ama semelhante ao amado.”
´´Que mais queres, ó alma, e que mais buscas fora de ti, se encontras em teu próprio ser a riqueza, a satisfação, a fartura e o reino, que é teu Amado a quem procuras e desejas?´´
São João da Cruz
“O afeto e o apego da alma à criatura torna-a semelhante a esta mesma criatura. Quanto maior a afeição, maior a identidade e semelhança, porque é próprio do amor tornar aquele que ama semelhante ao amado.”
´´Que mais queres, ó alma, e que mais buscas fora de ti, se encontras em teu próprio ser a riqueza, a satisfação, a fartura e o reino, que é teu Amado a quem procuras e desejas?´´
São João da Cruz
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Loucos e Santos
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde
Acho tão natural que não se pense
Acho tão natural que não se pense
Que me ponho a rir às vezes, sozinho,
Não sei bem de quê, mas é de qualquer cousa
Que tem que ver com haver gente que pensa ...
Que pensará o meu muro da minha sombra?
Pergunto-me às vezes isto até dar por mim
A perguntar-me cousas. . .
E então desagrado-me, e incomodo-me
Como se desse por mim com um pé dormente. . .
Que pensará isto de aquilo?
Nada pensa nada.
Terá a terra consciência das pedras e plantas que tem?
Se ela a tiver, que a tenha...
Que me importa isso a mim?
Se eu pensasse nessas cousas,
Deixaria de ver as árvores e as plantas
E deixava de ver a Terra,
Para ver só os meus pensamentos ...
Entristecia e ficava às escuras.
E assim, sem pensar tenho a Terra e o Céu
Alberto Caeiro
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
A úa senhora que, estando de mui bom parecer,
contraiu o parentesco de sogra
Quando deixareis vós de ser fermosa,
Minha senhora dona Mariana?
Nunca jamais, se a vista não me engana,
Ou se a fé, mais que a vista, escrupolosa.
Filha vos conheci, e já vi rosa,
Das que se preza abril, maio se ufana,
Que, em vendo essa beleza soberana,
Do prado se acolhia vergonhosa.
Conheci-vos esposa, em igual preço
Invejada das flores. Mas, que importa
Se mãe fostes, com raios semelhantes?
E até sogra, que agora vos conheço,
( contra o que dizem: nem de barro à porta...)
Aposto que inda sois como éreis dantes.
D. Francisco Manuel de Melo
(1608-1666)
contraiu o parentesco de sogra
Quando deixareis vós de ser fermosa,
Minha senhora dona Mariana?
Nunca jamais, se a vista não me engana,
Ou se a fé, mais que a vista, escrupolosa.
Filha vos conheci, e já vi rosa,
Das que se preza abril, maio se ufana,
Que, em vendo essa beleza soberana,
Do prado se acolhia vergonhosa.
Conheci-vos esposa, em igual preço
Invejada das flores. Mas, que importa
Se mãe fostes, com raios semelhantes?
E até sogra, que agora vos conheço,
( contra o que dizem: nem de barro à porta...)
Aposto que inda sois como éreis dantes.
D. Francisco Manuel de Melo
(1608-1666)
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
O livro que só queria ser lido
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
http://www.youtube.com/watch?v=lJLOWwSW00A
Não És Homem P'ra Mim
Romana( Interpretação de Luisa Sobral)
Não és homem para mim
Eu mereço muito mais
Não és homem para mim
Eu mereço bem melhor
Não és homem para mim
Se não ouves os meus ais
E só a ti tens amor
Não és homem para mim
Eu preciso muito mais
Não és homem para mim
Tu não me dás o que tens
Só tens amor por ti
Não és homem para mim
Nem és homem para ninguém
Eu sou boa demais para ti, eu sei
És menos, eu sou mais, és mal e eu bem
Eu sou uma rosa em flor e tu o espinho que ela tem
Tu és a minha dor, pior não há
Não és homem para mim
Eu mereço muito mais
Não és homem para mim
Eu mereço bem melhor
Não és homem para mim
Se não ouves os meus ais
E só a ti tens amor
Não és homem para mim
Eu preciso muito mais
Não és homem para mim
Tu não me dás o que tens
Só tens amor por ti
Não és homem para mim
Nem és homem para ninguém
Eu soa boa demais para ti, eu sei
Não somos nada iguais
Tu não dás e eu dei
Apenas vês em mim
Uma fonte de prazer
Prazer que eu fingi
Muitas vezes , também ter
Não és homem para mim
Eu mereço muito mais
Não és homem para mim
Eu mereço bem melhor
Não és homem para mim
Se não ouves os meus ais
E só a ti tens amor
Não és homem para mim
Eu preciso muito mais
Não és homem para mim
Tu não me dás o que tens
Só tens amor por ti
Não és homem para mim
Nem és homem para ninguém
terça-feira, 27 de novembro de 2012
http://www.youtube.com/watch?v=qF_5xmrggEw
Perdóname
Pablo Alborán y Carminho
Si alguna vez preguntas el por que?
No sabre decirte la razón
Yo no la se
Por eso y más
Perdóname?
Ni uuuna sola palabra mas
No mas besos al alba
Ni una sola caricia habrá
Esto se acaba aquí
No hay manera ni forma
De decir que si
Ni uuuna sola palabra mas
No mas besos al alba
Ni una sola caricia habrá
Esto se acaba aquí
No hay manera ni forma
De decir que si
Si alguna vez
Creíste que por ti
O por tu culpa me marche
No fuiste tu
Por eso y más
Perdóname...
Si alguna vez te hice sonreír
Creiste poco a poco en mi
Fui yo lo se
Por eso y más
Perdóname...
Ni uuuna sola palabra mas
No mas besos al alba
Ni una sola caricia habrá
Esto se acaba aquí
No hay manera ni forma
De decir que si
Siento volverte loca
Darte el veneno de mi boca
Siento tener que irme así
Sin decirte adios
Siento volverte loca
(Siento volverte loca)
Darte el veneno de mi boca
Siento tener que irme así
(Siento tener que irme así)
Sin decirte adios
(Sin decirte adios)
Ni uuuna sola palabra mas
No mas besos al alba
Ni una sola caricia habrá
Esto se acaba aquí
No hay manera ni forma
De decir que si
Ni uuuna sola palabra mas
No mas besos al alba
Ni una sola caricia habrá
Esto se acaba aquí
No hay manera ni forma
De decir que si
Perdóname...
Os Vendilhões do Templo
Deus disse: faz todo o bem
Neste mundo, e, se puderes,
Acode a toda a desgraça
E não faças a ninguém
Aquilo que tu não queres
Que, por mal, alguém te faça.
Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram.
E o mundo só pode ser
Menos mau, menos atroz,
Se conseguirmos fazer
Mais p'los outros que por nós.
Quem desmente, por exemplo,
Tudo o que Cristo ensinou.
São os vendilhões do templo
Que do templo ele expulsou.
E o povo nada conhece...
Obedece ao seu vigário,
Porque julga que obedece
A Cristo — o bom doutrinário.
(António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo...")
Deus disse: faz todo o bem
Neste mundo, e, se puderes,
Acode a toda a desgraça
E não faças a ninguém
Aquilo que tu não queres
Que, por mal, alguém te faça.
Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram.
E o mundo só pode ser
Menos mau, menos atroz,
Se conseguirmos fazer
Mais p'los outros que por nós.
Quem desmente, por exemplo,
Tudo o que Cristo ensinou.
São os vendilhões do templo
Que do templo ele expulsou.
E o povo nada conhece...
Obedece ao seu vigário,
Porque julga que obedece
A Cristo — o bom doutrinário.
(António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo...")
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Ofício de Amar
já não necessito de ti
tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras
[galáxias, e
[o remorso
um dia pressenti a música estelar das pedras, abandonei-me ao silêncio
é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráveis
e os secretos poços dos nómadas
ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
deixei de estar disponível, perdoa-me
se cultivo regularmente a saudade de meu próprio corpo
Al Berto, “O Medo”
já não necessito de ti
tenho a companhia nocturna dos animais e a peste
tenho o grão doente das cidades erguidas no princípio doutras
[galáxias, e
[o remorso
um dia pressenti a música estelar das pedras, abandonei-me ao silêncio
é lentíssimo este amor progredindo com o bater do coração
não, não preciso mais de mim
possuo a doença dos espaços incomensuráveis
e os secretos poços dos nómadas
ascendo ao conhecimento pleno do meu deserto
deixei de estar disponível, perdoa-me
se cultivo regularmente a saudade de meu próprio corpo
Al Berto, “O Medo”
É Preciso Também não Ter Filosofia Nenhuma
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio.
Não é bastante não ser cego
Para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
Há só cada um de nós, como uma cave.
Há só uma janela fechada, e todo o mundo lá fora;
E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
Que nunca é o que se vê quando se abre a janela.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Explicação da Eternidade
devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
José Luís Peixoto, in "A Casa, A Escuridão"
devagar, o tempo transforma tudo em tempo.
o ódio transforma-se em tempo, o amor
transforma-se em tempo, a dor transforma-se
em tempo.
os assuntos que julgámos mais profundos,
mais impossíveis, mais permanentes e imutáveis,
transformam-se devagar em tempo.
por si só, o tempo não é nada.
a idade de nada é nada.
a eternidade não existe.
no entanto, a eternidade existe.
os instantes dos teus olhos parados sobre mim eram eternos.
os instantes do teu sorriso eram eternos.
os instantes do teu corpo de luz eram eternos.
foste eterna até ao fim.
José Luís Peixoto, in "A Casa, A Escuridão"
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
Os Justos
Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.
Jorge Luis Borges, in "A Cifra"
Tradução de Fernando Pinto do Amaral
terça-feira, 13 de novembro de 2012
http://www.youtube.com/watch?v=PHIe9B5plDI&feature=related
A insensatez que você fez
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado
Insensatez
Tom Jobim
Coração mais sem cuidado
Fez chorar de dor
O seu amor
Um amor tão delicado
Ah, porque você foi fraco assim
Assim tão desalmado
Ah, meu coração que nunca amou
Não merece ser amado
Vai meu coração ouve a razão
Usa só sinceridade
Quem semeia vento, diz a razão
Colhe sempre tempestade
Vai, meu coração pede perdão
Perdão apaixonado
Vai porque quem não
Pede perdão
Não é nunca perdoado
http://www.youtube.com/watch?v=FD2NuMknbgk&feature=related
Dá-me Lume
Jorge Palma
Chegaste com três vinténs
E o ar de quem não tem
Muito mais a perder
O vinho não era bom
A banda não tinha som
Mas tu fizeste a noite apetecer
Mandaste a minha solidão embora
Iluminaste o pavilhão da aurora
Com o teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar
Eu fiquei louco por ti
Logo rejuvenesci
Não podia falhar
Dispondo a meu favor
Da eloquência do amor
Ali mesmo á mão de semear
Mostrei-te a oigem do bem e do reverso
Provei-te que o que conta no universo
É esse passo inseguro e o paraíso no teu olhar
Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-se até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas há tanto tempo a acenar
Eu tinha o espirito aberto
Ás vezes andei perto
Da essência do amor
Porém no meio dos colchões
No meio dos trambolhões
A situação era cada vez pior
Tu despertaste em mim um ser mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
A esse passo inseguro e ao paraíso no teu olhar
Se eu fosse compositor
Compunha em teu louvor
Um hino triunfal
Se eu fosse critico de arte
Havia de declarar-te
Obra prima á escala mundial
Mas não passo de um homem vulgar
Que tem a sorte de saborear
Esse teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar
E o ar de quem não tem
Muito mais a perder
O vinho não era bom
A banda não tinha som
Mas tu fizeste a noite apetecer
Mandaste a minha solidão embora
Iluminaste o pavilhão da aurora
Com o teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar
Eu fiquei louco por ti
Logo rejuvenesci
Não podia falhar
Dispondo a meu favor
Da eloquência do amor
Ali mesmo á mão de semear
Mostrei-te a oigem do bem e do reverso
Provei-te que o que conta no universo
É esse passo inseguro e o paraíso no teu olhar
Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-se até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas há tanto tempo a acenar
Eu tinha o espirito aberto
Ás vezes andei perto
Da essência do amor
Porém no meio dos colchões
No meio dos trambolhões
A situação era cada vez pior
Tu despertaste em mim um ser mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
A esse passo inseguro e ao paraíso no teu olhar
Se eu fosse compositor
Compunha em teu louvor
Um hino triunfal
Se eu fosse critico de arte
Havia de declarar-te
Obra prima á escala mundial
Mas não passo de um homem vulgar
Que tem a sorte de saborear
Esse teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar
http://www.youtube.com/watch?v=Hfo6glc7o5c&feature=related
De hoje em diante
Eu vou modificar
O meu modo de vida
Naquele instante
Em que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E prá começar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...
Não quero com isso
Dizer que o amor
Não é bom sentimento
A vida é tão bela
Quando a gente ama
E tem um amor
Por isso é que eu vou mudar
Não quero ficar
Chorando até o fim
E prá não chorar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...
Não vai ser fácil
Eu bem sei
Eu já procurei
Não encontrei meu bem
A vida é assim
Eu falo por mim
Pois eu vivo sem ninguém...
De hoje em diante
Eu vou modificar
O meu modo de vida
Naquele instante
Em que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E prá começar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...
Só Vou Gostar de Quem Gosta de Mim
Caetano Veloso
Eu vou modificar
O meu modo de vida
Naquele instante
Em que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E prá começar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...
Não quero com isso
Dizer que o amor
Não é bom sentimento
A vida é tão bela
Quando a gente ama
E tem um amor
Por isso é que eu vou mudar
Não quero ficar
Chorando até o fim
E prá não chorar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...
Não vai ser fácil
Eu bem sei
Eu já procurei
Não encontrei meu bem
A vida é assim
Eu falo por mim
Pois eu vivo sem ninguém...
De hoje em diante
Eu vou modificar
O meu modo de vida
Naquele instante
Em que você partiu
Destruiu nosso amor
Agora não vou mais chorar
Cansei de esperar
De esperar enfim
E prá começar
Eu só vou gostar
De quem gosta de mim...
http://www.youtube.com/watch?v=PKnX6RwA0LM
Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem o certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto
Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz
Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem o certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto
Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz
Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
Linda Rosa de Maria Gadú
Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem o certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto
Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz
Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
Pior que o melhor de dois
Melhor do que sofrer depois
Se é isso que me tem o certo
A moça de sorriso aberto
Ingênua de vestido assusta
Afasta-me do ego imposto
Ouvinte claro, brilho no rosto
Abandonada por falta de gosto
Agora sei não mais reclama
Pois dores são incapazes
E pobres desses rapazes
Que tentam lhe fazer feliz
Escolha feita, inconsciente
De coração não mais roubado
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
Homem feliz, mulher carente
A linda rosa perdeu pro cravo
Linda Rosa de Maria Gadú
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
O Bolinho Seriall Killer
Um dia estava no café,
A fingir que lia o jornal( até me parece que estava de pernas para o ar...),
Quando na verdade,
Vigiava o Bolinho Seriall Killer,
Que estava sobre o balcão,
Com um ar muito insuspeito.
Tentava passar despercebido,
Escondendo-se detrás do guardanapo,
Ou fingindo que era um Lanche.
Apenas um olhar experimentado,
Como o meu e o de uma menina sardenta,
Reconheciam nele mais que um suspeito,
Mas sim um verdadeiro criminoso...
Como casos de crime devem ser tratados por adultos,
Segredei à menina sardenta,
Enquanto me dirigia ao balcão:
"Não te preocupes com o bolinho...eu levo-o preso!"
Um dia estava no café,
A fingir que lia o jornal( até me parece que estava de pernas para o ar...),
Quando na verdade,
Vigiava o Bolinho Seriall Killer,
Que estava sobre o balcão,
Com um ar muito insuspeito.
Tentava passar despercebido,
Escondendo-se detrás do guardanapo,
Ou fingindo que era um Lanche.
Apenas um olhar experimentado,
Como o meu e o de uma menina sardenta,
Reconheciam nele mais que um suspeito,
Mas sim um verdadeiro criminoso...
Como casos de crime devem ser tratados por adultos,
Segredei à menina sardenta,
Enquanto me dirigia ao balcão:
"Não te preocupes com o bolinho...eu levo-o preso!"
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Perfeição
Quando eu limpo o pó,
Não deixo de limpar o assento da cadeira por baixo.
Porquê não sei bem,
Ninguém saberia a não ser eu que não o tinha limpo,
Nem o próprio pó saberia,
Já que eu próprio desconfio que esteja lá,
E ainda assim,
Sou incapaz de deixar a cadeira,
Sem me debruçar para limpar,
Um pó que não sei se existe e que com certeza ninguém vê.
Ninguém com certeza me vai dar os parabéns pela minha minúcia,
Que às vezes ocupa mais tempo do que é útil,
Mas eu gosto do trabalho bem feito.
Só ainda não consegui limpar o pó completamente a uma guitarra,
E deve ser por isso que o seu som me parece sempre sujo.
Quando eu limpo o pó,
Não deixo de limpar o assento da cadeira por baixo.
Porquê não sei bem,
Ninguém saberia a não ser eu que não o tinha limpo,
Nem o próprio pó saberia,
Já que eu próprio desconfio que esteja lá,
E ainda assim,
Sou incapaz de deixar a cadeira,
Sem me debruçar para limpar,
Um pó que não sei se existe e que com certeza ninguém vê.
Ninguém com certeza me vai dar os parabéns pela minha minúcia,
Que às vezes ocupa mais tempo do que é útil,
Mas eu gosto do trabalho bem feito.
Só ainda não consegui limpar o pó completamente a uma guitarra,
E deve ser por isso que o seu som me parece sempre sujo.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
terça-feira, 21 de agosto de 2012
Dona Maria ia à missa todos os domingos,
E enquanto rezava fervorosamente pela salvação do mundo,
Condenava ao inferno meretrizes, ladrões e infieis da fé.
Deus na sua infinita sabedoria,
Deixou que Dona Maria toda a gente condenasse,
E salvou quem achou por bem salvar,
E parece-me que não salvou a Dona Maria.
Elisa Sampaio.
E enquanto rezava fervorosamente pela salvação do mundo,
Condenava ao inferno meretrizes, ladrões e infieis da fé.
Deus na sua infinita sabedoria,
Deixou que Dona Maria toda a gente condenasse,
E salvou quem achou por bem salvar,
E parece-me que não salvou a Dona Maria.
Elisa Sampaio.
O que te faz sorrir ?
Esse sorriso que se abre,
Sem inteligência e sem razão?
É com certeza um momento de abstração,
Mas também um momento de fé.
Uma fé que não explicas
Nos estudos cientificos,
Que ditam o futuro individual e colectivo,
Mas no pulsar do teu próprio coração.
Não é esperança,
Não é sonho,
O sorriso que vejo,
É a celebração inconsciente da vida.
Elisa Sampaio
quarta-feira, 18 de julho de 2012
Desgosto de amor
Gosto de homens que jogam futebol,
Homens para quem uma bola é uma bola,
Homens que não pensam que conquistaram o mundo,
Porque marcaram um golo,
Porque ganharam um jogo.
Gosto de homens que não tomam uma aspirina,
Pelo sim e pelo não,
Mas quando têm dores de cabeça.
Gosto de homens asseados,
Mas que não se importem de se sujar.
Gosto de homens que se bastem a eles próprios,
Que não precisem da aprovação ou do aplauso alheio.
Gosto de homens sensatos,
Que tenham a insensatez de gostar de mim.
Gosto de homens que não pensem que me conhecem,
Por conhecerem a minha vida.
E é por tudo isto que gosto de ti,
E é por tudo isto que não gosto de ti.
Elisa Sampaio
Gosto de homens que jogam futebol,
Homens para quem uma bola é uma bola,
Homens que não pensam que conquistaram o mundo,
Porque marcaram um golo,
Porque ganharam um jogo.
Gosto de homens que não tomam uma aspirina,
Pelo sim e pelo não,
Mas quando têm dores de cabeça.
Gosto de homens asseados,
Mas que não se importem de se sujar.
Gosto de homens que se bastem a eles próprios,
Que não precisem da aprovação ou do aplauso alheio.
Gosto de homens sensatos,
Que tenham a insensatez de gostar de mim.
Gosto de homens que não pensem que me conhecem,
Por conhecerem a minha vida.
E é por tudo isto que gosto de ti,
E é por tudo isto que não gosto de ti.
Elisa Sampaio
quinta-feira, 5 de julho de 2012
Havia um menino
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça
por causa do sol.
Em vez de um gatinho
tinha um caracol
tinha o caracol
dentro do chapéu;
fazia-lhe cócegas
no alto da cabeça.
Por isso ele andava
depressa, depressa
p´ra ver se chegava
a casa e tirava
o tal caracol
do chapéu, saindo
de lá e caindo
o tal caracol.
Mas, era, afinal
impossível tal,
nem fazia mal
nem vê-lo, nem tê-lo:
porque o caracol
era de cabelo.
Poema de Fernando Pessoa dedicado a uma criança que detestava usar chapéu.
que tinha um chapéu
para pôr na cabeça
por causa do sol.
Em vez de um gatinho
tinha um caracol
tinha o caracol
dentro do chapéu;
fazia-lhe cócegas
no alto da cabeça.
Por isso ele andava
depressa, depressa
p´ra ver se chegava
a casa e tirava
o tal caracol
do chapéu, saindo
de lá e caindo
o tal caracol.
Mas, era, afinal
impossível tal,
nem fazia mal
nem vê-lo, nem tê-lo:
porque o caracol
era de cabelo.
Poema de Fernando Pessoa dedicado a uma criança que detestava usar chapéu.
terça-feira, 3 de julho de 2012
Noite
A nau de um deles tinha-se perdido
No mar indefenido.
O segundo pediu licença ao Rei
De, na fé e na lei
Da descoberta, ir em procura
Do irmão no mar sem fim e a névoa escura.
Tempo foi. Nem primeiro nem segundo
Volveu do fim profundo
Do mar ignoto à pátria por quem dera
O enigma que fizera.
Então o terceiro a El-Rei rogou
Licença de os buscar, e El-Rei negou.
*
Como a um cativo, o ouvem a passar
Os servos do solar.
E, quando o vêem , vêem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distância.
*
Senhor, os dois irmãos do nosso nome
O Poder e o Renome -
Ambos se foram pelo mar da idade
À tua eternidade;
E com eles de nós se foi
O que faz a alma poder ser de heroi
Queremos ir buscá-los, desta vil
Nossa prisão servil:
É a busca de quem somos, na distância
De nós; e, em febre de ânsia,
A Deus as mãos alçamos.
Mas Deus não dá licença que partamos.
Fernando Pessoa, Mensagem
A nau de um deles tinha-se perdido
No mar indefenido.
O segundo pediu licença ao Rei
De, na fé e na lei
Da descoberta, ir em procura
Do irmão no mar sem fim e a névoa escura.
Tempo foi. Nem primeiro nem segundo
Volveu do fim profundo
Do mar ignoto à pátria por quem dera
O enigma que fizera.
Então o terceiro a El-Rei rogou
Licença de os buscar, e El-Rei negou.
*
Como a um cativo, o ouvem a passar
Os servos do solar.
E, quando o vêem , vêem a figura
Da febre e da amargura,
Com fixos olhos rasos de ânsia
Fitando a proibida azul distância.
*
Senhor, os dois irmãos do nosso nome
O Poder e o Renome -
Ambos se foram pelo mar da idade
À tua eternidade;
E com eles de nós se foi
O que faz a alma poder ser de heroi
Queremos ir buscá-los, desta vil
Nossa prisão servil:
É a busca de quem somos, na distância
De nós; e, em febre de ânsia,
A Deus as mãos alçamos.
Mas Deus não dá licença que partamos.
Fernando Pessoa, Mensagem
quarta-feira, 9 de maio de 2012
Ao expirar o meu último suspiro também eu terei Rosebud nos meus lábios exactamente como a personagem principal de Citizen kane.
Ao expirar o meu último suspiro também eu doarei a vida a quem ma desejou tirar bem à forma do enredo de Blade Runner.
Poderia talvez considerar-me uma actriz no palco da vida mas temo bem que o sejamos todos.
Vivo apenas, como todos vivemos, com Rosebud no coração, tentando que a felicidade não esteja de todo esquecida numa vida em que a poesia quando surge é por urgência da alma e não por necessidade.
Vivo apenas e morrerei apenas, preferindo sempre a vida, acima do bem e do mal de cada vida.
Talvez amanhã ainda os meus olhos se encham de felicidade com o despontar de um dia azul de Primavera e espero perceber que esse sentimento sobre o horizonte azul é um milagre.
E espero que acima de tudo o que nos divide, nos mata, ou nos zanga, todos percebamos que vivemos um milagre.
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