quinta-feira, 9 de junho de 2011

Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever
ter um livro para ler
E não o fazer!
Ler é maçada
O sol doira
Sem literatura.
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal
Como tem tempo não tem pressa....

Livros são papéis pintados com tinta,
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D. Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

O mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca.


Fernando Pessoa.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

A Humilhação de Philip Roth

Um livro que se lê depressa demais, porque é sucinto, deixando o acessório de parte.
   Roth escreve sobre um actor que se vê confrotando e esvaziado do talento que o levara a uma carreira feliz. O amor que aparece de forma repentina para preencher o vazio da carreira artística, um amor forte que irá acabar como começou. Tudo na vida da personagem principal acabará por morrer...