Eu(s)
Desdobrei a minha Alma,
Qual peça de tecido, que no balcão se desenrola.
Dela saíram vários espíritos,
Várias "Personas", de vestes nuas,
De Almas vestidas...
Cada qual com sua ânsia,
Cada qual com a vaga Esperança.
Todas em desatino,
Todas em sintonia,
Umas parecidas comigo....
E as outras!....com quem seria?
Rui Magalhães Sarmento
sábado, 5 de novembro de 2011
Da janela do meu quarto
Da janela do meu quarto,
Vejo a cidade e o mato,
Uma nespereira e pinheiros,
mesmo ao lado candeeiros,
Quais estrelas mais próximas,
Iluminando a rua,
Da janela do meu quarto,
Avisto ao longe a tua.
Vejo ao longe um regato,
Da janela do meu quarto
Vejo videiras e flores,
Sinto cheiros e odores.
Quem em suave brisa chega,
Do Recanto dos Amantes
De tão pura atmosfera
Sob estrelas cintilantes.
Da janela do meu quarto,
Vejo tudo quanto quero,
Vejo-me a mim noutro tempo,
Vejo os outros e relembro,
Do sonho, o que é real,
Da vida, o que é banal,
Da realidade feita em sonhos,
Vejo o passar dos anos.
Da janela do meu quarto,
Vejo dias diferentes,
Vejo enfim outras coisas
Que são as mesmas que antes.
Como um país sem fronteira,
Vejo de outra maneira,
Nem longínquo horizonte,
Vejo um rio e uma ponte.
Nada me pode parar,
Nem sequer intimidar,
Sem caminho vou partir,
Sem pensar vou decidir.
Apenas irei chegar,
Onde a vida me levar,
Talvez até à tua rua,
E à janela que é tua.
Sem sair daqui, eu parto,
Comigo levo o Luar,
Sem daqui sair, viajo.
Sem partir, vou regressar.
Se vou p´ra longe, perdido,
Sinto saudade, por ficar,
De quem chegou sem ter partido,
De quem partiu, sem cá chegar!...
Rui Magalhães Sarmento
Da janela do meu quarto,
Vejo a cidade e o mato,
Uma nespereira e pinheiros,
mesmo ao lado candeeiros,
Quais estrelas mais próximas,
Iluminando a rua,
Da janela do meu quarto,
Avisto ao longe a tua.
Vejo ao longe um regato,
Da janela do meu quarto
Vejo videiras e flores,
Sinto cheiros e odores.
Quem em suave brisa chega,
Do Recanto dos Amantes
De tão pura atmosfera
Sob estrelas cintilantes.
Da janela do meu quarto,
Vejo tudo quanto quero,
Vejo-me a mim noutro tempo,
Vejo os outros e relembro,
Do sonho, o que é real,
Da vida, o que é banal,
Da realidade feita em sonhos,
Vejo o passar dos anos.
Da janela do meu quarto,
Vejo dias diferentes,
Vejo enfim outras coisas
Que são as mesmas que antes.
Como um país sem fronteira,
Vejo de outra maneira,
Nem longínquo horizonte,
Vejo um rio e uma ponte.
Nada me pode parar,
Nem sequer intimidar,
Sem caminho vou partir,
Sem pensar vou decidir.
Apenas irei chegar,
Onde a vida me levar,
Talvez até à tua rua,
E à janela que é tua.
Sem sair daqui, eu parto,
Comigo levo o Luar,
Sem daqui sair, viajo.
Sem partir, vou regressar.
Se vou p´ra longe, perdido,
Sinto saudade, por ficar,
De quem chegou sem ter partido,
De quem partiu, sem cá chegar!...
Rui Magalhães Sarmento
O Rio da minha Ponte
O Tempo é como um rio,
Que devagar vai correndo para o Mar,
Paciente, sem ter pressa de o ter,
Na certeza que seus, todos os rios são...
Talvez assimpara Deus todas as Almas irão...
Mas no Rio do Tempo,
Águas não voltam atrás,
Só nas nuvens regressam
Águas que o vento traz.
O rio parece o mesmo,
Águas da mesma Fonte,
Mas são sempre águas diferentes,
Parecidas às de ontem...
Talvez Almas Perdidas,
Em chuvas assim caídas,
Regressem de novo vivas,
Ao Rio da minha Ponte!
Rui Magalhães Sarmento
O Tempo é como um rio,
Que devagar vai correndo para o Mar,
Paciente, sem ter pressa de o ter,
Na certeza que seus, todos os rios são...
Talvez assimpara Deus todas as Almas irão...
Mas no Rio do Tempo,
Águas não voltam atrás,
Só nas nuvens regressam
Águas que o vento traz.
O rio parece o mesmo,
Águas da mesma Fonte,
Mas são sempre águas diferentes,
Parecidas às de ontem...
Talvez Almas Perdidas,
Em chuvas assim caídas,
Regressem de novo vivas,
Ao Rio da minha Ponte!
Rui Magalhães Sarmento
Longe de mim
Estou longe de mim,
Estou longe do mundo,
Estou longe de ti,
Estou longe de tudo.
Vejo os homens em Guerra,
Vejo a Paz, lá tão longe,
Vejo o tempo à espera
Que o amanhã seja hoje.
Penso absorto, prisioneiro em mim,
Liberto as Asas da Alma.
P´ra tão longe me levam,
P´ra tão perto de ti!...
E num voo sem Tempo
Serei livre eu,...assim?
Estarei mais perto, eu, ....de ti?
Rui Magalhães Sarmento
Estou longe de mim,
Estou longe do mundo,
Estou longe de ti,
Estou longe de tudo.
Vejo os homens em Guerra,
Vejo a Paz, lá tão longe,
Vejo o tempo à espera
Que o amanhã seja hoje.
Penso absorto, prisioneiro em mim,
Liberto as Asas da Alma.
P´ra tão longe me levam,
P´ra tão perto de ti!...
E num voo sem Tempo
Serei livre eu,...assim?
Estarei mais perto, eu, ....de ti?
Rui Magalhães Sarmento
Que lindas que sois
De nada te valho,
P´ra nada presto,
Nada te dou,
Nada te empresto.
Tu, tudo me dás,
Sem nada quereres em troca.
Tu sempre lá estás,
Nunca bates com a porta.
Eu de nada te valho,
Nada tenho p´ra te dar,
Só o nada tenho
P´ra te sossegar!
Penso em nada...
Só o nada me consola,
Só o nada me abstrai...
E tu lá estás, sossegada,
Com a pequenina ainda acordada,
Bem cheiinha, bonita, rosada...
Esperas por mim, pela minha chegada...
Que lindas que sois!...
Rui Magalhães Sarmento
De nada te valho,
P´ra nada presto,
Nada te dou,
Nada te empresto.
Tu, tudo me dás,
Sem nada quereres em troca.
Tu sempre lá estás,
Nunca bates com a porta.
Eu de nada te valho,
Nada tenho p´ra te dar,
Só o nada tenho
P´ra te sossegar!
Penso em nada...
Só o nada me consola,
Só o nada me abstrai...
E tu lá estás, sossegada,
Com a pequenina ainda acordada,
Bem cheiinha, bonita, rosada...
Esperas por mim, pela minha chegada...
Que lindas que sois!...
Rui Magalhães Sarmento
A Cruz
Gostaria de um dia,
Poder dizer que valeu a pena,
Que valeu o dano,
Tudo acontecer,
Sem esboço nem plano,
Sem mapa nem bússola,
Na busca de mim,
As ideias, o alento,
Sem hora nem tempo,
Apanhado em teias,
Inspirado na esperança,
De quem sempre alcança
Mais do que espera.
Sem nada querer,
Da quimera do sonho,
Realidade do ser,
Como folhas de Outono,
Entregues ao vento,
Na deriva do sonho,
Mas no sonho a viver,
O desespero ou alento
No inevitável fluir,
No implacável devir,
Do ser e não ser,
De compreender e sentir
Qual será o dever
De não largarmos a cruz
A meio do caminho
Mesmo que sempre
A carregues sozinho?....
Rui Magalhães Sarmento
Gostaria de um dia,
Poder dizer que valeu a pena,
Que valeu o dano,
Tudo acontecer,
Sem esboço nem plano,
Sem mapa nem bússola,
Na busca de mim,
As ideias, o alento,
Sem hora nem tempo,
Apanhado em teias,
Inspirado na esperança,
De quem sempre alcança
Mais do que espera.
Sem nada querer,
Da quimera do sonho,
Realidade do ser,
Como folhas de Outono,
Entregues ao vento,
Na deriva do sonho,
Mas no sonho a viver,
O desespero ou alento
No inevitável fluir,
No implacável devir,
Do ser e não ser,
De compreender e sentir
Qual será o dever
De não largarmos a cruz
A meio do caminho
Mesmo que sempre
A carregues sozinho?....
Rui Magalhães Sarmento
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