O meu rapaz
O mundo maravilhoso
Abriu as portas do meu sonho,
E tu entraste para a minha vida,
Desconhecendo os mistérios
Que te faziam meu.
Não sabendo nada sobre ti,
Conhecia a felicidade das nossas gargalhadas,
E apetecia-me dizer-te
Que fazias parte de mim,
Mas deixei este lugar comum do amor
Para a minha paixão.
Portanto não te disse nada,
E ali fiquei a tomar um café contigo,
Rindo-me por dentro de felicidade,
Fingindo a minha ignorância.
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Sentado à sombra da oliveira
Pele seca e morena,
De sucessivos estios no campo,
Desdobra o farnel de pano sujo,
Vendo à sua frente,
A faina de um ano.
Dedos velhos calejados,
Levam à boca o naco do descanso,
Enquanto os melões reluzem doirados,
Em ninho verde imposto pela rega.
A um gole de água,
As uvas, rendilhado de botões verdes,
Penetram no seu olhar.
Em cada pausa sob a oliveira,
Prepara a jorna contínua,
De domar a natureza no seu ciclo.
Falsa presa da opressão do homem,
É a natura cuja vontade encerra,
O fim de todas as suas labutas.
Pele seca e morena,
De sucessivos estios no campo,
Desdobra o farnel de pano sujo,
Vendo à sua frente,
A faina de um ano.
Dedos velhos calejados,
Levam à boca o naco do descanso,
Enquanto os melões reluzem doirados,
Em ninho verde imposto pela rega.
A um gole de água,
As uvas, rendilhado de botões verdes,
Penetram no seu olhar.
Em cada pausa sob a oliveira,
Prepara a jorna contínua,
De domar a natureza no seu ciclo.
Falsa presa da opressão do homem,
É a natura cuja vontade encerra,
O fim de todas as suas labutas.
O monte florido
Abóbada de gema e púrpura,
Como uma mulher ornada,
Ergue-se para seduzir o avistamento,
Que encobre pela nossa fantasia.
Se trilhamos o caminho agreste,
Fito no pódio da conquista,
Descobrimos no alcance do olhar,
Não ser mais belo que os nossos pulmões caprinos,
No esforço da liberdade da trepada.
Gelha velha expulsa da crusta,
Fascínio da maturidade inerte sobre a vida,
Sempre jovem e caduca,
Que domina,
Com o véu da sua grandiosidade.
Abóbada de gema e púrpura,
Como uma mulher ornada,
Ergue-se para seduzir o avistamento,
Que encobre pela nossa fantasia.
Se trilhamos o caminho agreste,
Fito no pódio da conquista,
Descobrimos no alcance do olhar,
Não ser mais belo que os nossos pulmões caprinos,
No esforço da liberdade da trepada.
Gelha velha expulsa da crusta,
Fascínio da maturidade inerte sobre a vida,
Sempre jovem e caduca,
Que domina,
Com o véu da sua grandiosidade.
Coisas complicadas
Para quê falar de coisas complicadas?
A teoria das cordas parece-me coisa pouca,
Quando olho para os prazeres dos meus sentidos.
Não saberás que tudo o que percepcionamos
Existe sem o consentimento da nossa consciência?
Por isso deixa-te estar apenas ao meu lado,
Que o teu sorriso é a mais bela ideia luminosa.
Para quê falar de coisas complicadas?
A teoria das cordas parece-me coisa pouca,
Quando olho para os prazeres dos meus sentidos.
Não saberás que tudo o que percepcionamos
Existe sem o consentimento da nossa consciência?
Por isso deixa-te estar apenas ao meu lado,
Que o teu sorriso é a mais bela ideia luminosa.
Dedução dos afectos
Na balança do julgamento dos corações,
Entre o que é objectivo e o ambíguo,
As facções dos nossos afectos,
São pesos de massa tão relevantes,
Como a clareza dos acontecimentos.
Entendemos o que nos está próximo,
E condenamos o que está longe,
Do coração ou ideal.
Sem o cuidado de uma moral,
Bem e mal são presas dos afectos,
Onde somos tiranos ou santos,
Na ambiguidade da balança.
Na balança do julgamento dos corações,
Entre o que é objectivo e o ambíguo,
As facções dos nossos afectos,
São pesos de massa tão relevantes,
Como a clareza dos acontecimentos.
Entendemos o que nos está próximo,
E condenamos o que está longe,
Do coração ou ideal.
Sem o cuidado de uma moral,
Bem e mal são presas dos afectos,
Onde somos tiranos ou santos,
Na ambiguidade da balança.
Subscrever:
Mensagens (Atom)