quarta-feira, 20 de maio de 2009

Sensação libertária

Hoje aprendi que a relevância que damos às coisas depende do esforço mental que lhe dedicamos, no momento ou numa conjuntura anterior... neste momento, a moda dita a componente social, que absorve o "eu", e eu estou cansado. Regresso à liberdade da poesia, na pena de Pessoa.

Gato que brincas na rua

Como se fosse na cama,

Invejo a sorte que é tua

Porque nem sorte se chama.

 

Bom servo das leis fatais

Que regem pedras e gentes,

Que tens instintos gerais

E só sentes o que sentes.

 

És feliz porque és assim,

Todo o nada que és é teu.

Eu vejo-me e estou sem mim,

Conheço-me e não sou eu.

                                                               Fernando Pessoa – 1931

O que nos prende é também o que nos liberta…